segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que é o MPLA?

Movimento Popular de Libertação de Angola. Foi inicialmente um movimento de libertação pela independência de Angola, acabando por se tornar um partido político após a independência. Surgiu em 1956, mas apenas iniciou actividade em 1961. Formado de pequenas células e grupos anti – coloniais, das quais faziam parte tanto angolanos que saiam do país como estudantes portugueses, unidos pelo mesmo fim, o de extinguir o colonialismo, o MPLA foi dirigido por António Agostinho Neto, no seu início, mas foi com José Eduardo dos Santos que conheceu o período de maior estabilidade, ocupando este o cargo de Presidente desde 1979.

Conheceu inúmeras crises, sendo a mais grave a de 1970, quando o MPLA se dividiu em três alas distintas e autónomas entre si, a “Revolta Activa”, liderada por Mário de Andrade, a “Revolta Leste”, encabeçada por Daniel Chipenda, e, por último, a “Ala Presidencial”, chefiada por António Agostinho.


José Eduardo dos Santos, actual líder do MPLA e Presidente de Angola

Na sequência do 25 de Abril de 1974, os três partidos existentes, MPLA, UNITA e FNLA, proclamam a independência de Angola, surgindo o MPLA como vencedor, tomando as rédeas do país. Contudo, em 1977, o partido tremeu, uma vez que Nito Alves, militante insatisfeito do MPLA, tentou um golpe de estado contra a direcção do partido tentou um golpe de estado. Devido a esta tentativa gorada, a MPLA passou a adoptar, depois de 1977, a designação MPLA – PT (partido trabalhista). Desde então, em Angola, passou a vigorar o regime de partido único, até que em 1991 a orientação política do partido passou a encontrar-se entre uma social-democracia e o socialismo. As primeiras eleições parlamentares e presidenciais tiveram lugar em 1992, e por não terem sido reconhecidas pela UNITA deram origem à guerra civil Angolana, da qual resultaram 500 000 mortos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Conquista da Costa Africana

No início do século XV, o principal objectivo das viagens marítimas era a exploração da costa africana, para chegar aos locais de exploração de ouro e controlar o comércio.



A costa ocidental africana era conhecida apenas até ao Cabo Bojador. Em 1434, Gil Eanes conseguiu passar além do Cabo Bojador, abrindo caminho pelo mar desconhecido.
Gil Eanes
Nos anos seguintes os portugueses descobriram mais da costa africana como a Guiné (1436), Arguim (1443) e descobriram o arquipélago de Cabo Verde (1456). Em 1460, morte do Infante D. Henrique, já eram conhecidas as terras da costa africana até à Serra Leoa. D. Afonso V deu apenas atenção às conquistas do Norte de África. Assim foram conquistadas as cidades de Álcacer Ceguer, Arzila e Tanger.
Infante D. Henriques

Contudo, com o rei D. João V (1474) as viagens marítimas voltaram a prosseguir em direção a sul. Em 1488, o navegador Bartolomeu Dias ultrapassou o Cabo das Tormentas. Este grande feito provou existir ligação entre o Oceano Atlântico e o Índico. Por este facto, aquele cabo passou a designar-se por Cabo da Boa Esperança.

Bartolomeu Dias
 


A presença portuguesa em África foi mais intensa na costa ocidental do que na costa oriental. Nas relações comerciais traficavam-se escravos e produtos locais (marfim, madeira, metais preciosos) em troca de produtos levados de Portugal (tecidos e adornos).


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Descobrimentos Portugueses

Ao longo do século XIV, toda a Europa atravessava uma grave crise económica. Portugal não era excepção. Todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida. O contacto com o mar fez-nos um povo de marinheiros e pescadores, atraídos pelo desconhecido. A situação geográfica de Portugal, a sudoeste da Europa, com a sua faixa litoral voltada para o Atlântico e com uma costa recortada com bons portos, era propícia à navegação. O país voltou-se para o mar, Portugal lançou-se na Expansão Marítima.



Utilizavam-se as cartas náuticas, onde se escolhia o destino, seguia-se o roteio da viagem e mantinha-se o rumo com a agulha de marear (bússola). Até ao final da Idade Média os conhecimentos geográficos eram poucos e estavam envolvidos em imensas lendas. Ouvia-se dizer que o mar engolia os barcos, que havia monstros...


Em 1434, Gil Eanes foi o primeiro navegador a dobrar o famoso e terrível Cabo Bojador. Seguiram-se uma série de viagens que permitiram mais descobertas. O Homem procurava incessantemente conhecer o mundo. Fruto de uma constante adaptação a novas situações, a ciência náutica portuguesa registou grandes progressos. Passou-se a utilizar a caravela. Apesar dos grandes progressos, quer nos meios quer nas técnicas de navegar, as grandes viagens, como a viagem à Índia, apresentavam sempre grandes dificuldades. A época dos Descobrimentos constitui a passagem de um mundo a outro, da Europa a toda a Terra; é ainda a época onde muitos mitos se desvanecem – como a impossibilidade da existência da vida humana a Sul do equador.




quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Processo de independência das colónias portuguesas

     O processo de independência na região central do continente africano iniciado em finais dos anos 50 do século XX parou com a capitulação do Biafra (1967-70), tendo o processo de descolonização no Sul da África também ficado atrasado. Moçambique e Angola, duas colónias portuguesas, situadas respectivamente no Oceano Índico e no Oceano Atlântico, depois de um período de lutas de guerrilha tornaram-se independentes de Portugal (1975-1976).



      O processo de independência destas ex-colónias ocorreu numa altura em que Portugal vivia na "ressaca" política de um golpe de Estado, que depôs o regime ditatorial e o substituiu por uma nova República, inicialmente de tipo socialista. A Revolução do 25 de Abril possibilitou a descolonização, que se fazia com grande atraso relativamente a outras ex-colónias europeias. Este atraso devia-se às dificuldades e entraves do Estado Novo e do processo de democratização do país antes de 1974.


      Neste processo foram libertadas todas as ex-colónias portuguesas, excepto Timor, e voltaram para Portugal, em circunstâncias dramáticas, cerca de um milhão de portugueses que se tinham fixado no ultramar.
      Angola conseguiu a independência em 1975, antes de Moçambique (1976), e logo de seguida estes dois países instauraram um regime político pró-soviético, enquanto que em Portugal, o modelo socialista pós-revolução era progressivamente abandonado, dando lugar a um regime democrático.


      As outras ex-colónias africanas, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, também enveredaram por este tipo de regime. Embora partissem do mesmo modelo, cada uma das novas nações adaptou-o consoante as suas experiências e as exigências conjunturais.


      O processo de independência em Angola rebentou, logo após uma guerra civil entre as diversas facções independentistas. De um lado estava o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), o partido no poder, pró-soviético, e do outro a UPA (União dos Povos de Angola) e a UNITA (Movimento Nacional para a Independência Total de Angola), para além da FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), estes três últimos mais próximos do Ocidente.


      Apesar do esforços de paz internacionais, esta guerra ainda se mantém nos nossos dias. O MPLA, o partido do governo e a UNITA, o partido do "Galo Negro", prosseguem as hostilidades num país muito rico em matérias-primas, mas totalmente devastado por esta guerra fratricida que longe de cimentar a paz traz destruição, fome e mutilações. O flagelo da fome atinge diariamente esta população que, apesar de alguma ajuda humanitária, continua a morrer.



      No caso moçambicano encontramos algumas similaridades. Logo após a independência os grupos armados que haviam lutado contra os portugueses, a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e a RENAMO (Resistência Nacional Moçambique), entretanto transformados em partidos políticos, envolveram-se em confrontos que geraram uma guerra civil. Moçambique, também detentor de boas potencialidades, tornou-se mesmo no país mais pobre do Mundo. Nos últimos anos, contudo, as negociações entre os partidos rivais levaram ao fim da guerra e à consciencialização da necessidade de um trabalho conjunto que retire a nação da delicada situação em que ainda hoje se encontra.
      Apesar das dificuldades e dos insucessos, a descolonização abriu caminho a uma cooperação com os novos países de expressão portuguesa.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Apresentação

Bom dia!

Este é o nosso primeiro post neste blog que, esperemos, venha a ser muito consultado, tanto para trabalhos da escola como para um conhecimento mais aprofundado deste período histórico.

Nós somo alunas do 12º ano da Escola Secundária José Sanches de Alcains, e, no âmbito da disciplina de Área Projecto, escolhemos o tema a Colonização em Angola, de modo a dar a conhecer tanto à comunidade escolar como ao público em geral, de uma maneira mais simples e concisa, todo o contexto da colonização e posterior descolonização, tanto em Angola, país colonizado, como em Portugal país colonizador.

Vamos postar regularmente as informações que vamos selecionando nesta intensiva pesquisa!

Cumprimentos e até à próxima!