Ao longo do século XIV, toda a Europa atravessava uma grave crise económica. Portugal não era excepção. Todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida. O contacto com o mar fez-nos um povo de marinheiros e pescadores, atraídos pelo desconhecido. A situação geográfica de Portugal, a sudoeste da Europa, com a sua faixa litoral voltada para o Atlântico e com uma costa recortada com bons portos, era propícia à navegação. O país voltou-se para o mar, Portugal lançou-se na Expansão Marítima.
Utilizavam-se as cartas náuticas, onde se escolhia o destino, seguia-se o roteio da viagem e mantinha-se o rumo com a agulha de marear (bússola). Até ao final da Idade Média os conhecimentos geográficos eram poucos e estavam envolvidos em imensas lendas. Ouvia-se dizer que o mar engolia os barcos, que havia monstros...
Em 1434, Gil Eanes foi o primeiro navegador a dobrar o famoso e terrível Cabo Bojador. Seguiram-se uma série de viagens que permitiram mais descobertas. O Homem procurava incessantemente conhecer o mundo. Fruto de uma constante adaptação a novas situações, a ciência náutica portuguesa registou grandes progressos. Passou-se a utilizar a caravela. Apesar dos grandes progressos, quer nos meios quer nas técnicas de navegar, as grandes viagens, como a viagem à Índia, apresentavam sempre grandes dificuldades. A época dos Descobrimentos constitui a passagem de um mundo a outro, da Europa a toda a Terra; é ainda a época onde muitos mitos se desvanecem – como a impossibilidade da existência da vida humana a Sul do equador.
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